Em 1968, as manifestações estudantis contra a ditadura tiveram o seu ápice na Passeata dos Cem Mil, em junho, após o assassinato do estudante Edson Luís. Jornalistas, intelectuais, artistas e ativistas políticos, uniram-se aos jovens, reivindicando o fim da ditadura e a redemocratização do país. O governo militar respondeu com a promulgação do Ato Institucional nº 5 em 13 de dezembro. Os militares assumiram seu viés mais autoritário e impuzeram à sociedade brasileira o período mais negro de sua história. Um tempo marcado pela tortura indiscriminada contra presos políticos e pela ausência total dos direitos do cidadão. Em sua famosa edição de 14 de dezembro, o Jornal do Brasil tentou sinalizar para seus leitores o que estava por vir.
Três meses antes da decretação do AI-5, em setembro de 1968, a Editora Abril lançou a Veja, nos moldes da americana Time. As edições da revista foram mutiladas pelos censores até 1976.
