O Globo e os dominicanos

Muitas homenagens póstumas têm sido prestadas ao ex-deputado e guerrilheiro Carlos Marighella pelo centenário do seu nascimento, em 5 de dezembro de 2011. Nesse dia Marighella foi anistiado por unanimidade pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Mas em 1969 a morte do líder da Ação Libertadora Nacional levou o jornal O Globo a publicar editoriais que causaram indignação entre todos que se opunham à ditadura militar.

Jornais contra a vacina obrigatória

Logo no início do século 20, os cariocas já se viam diante de uma polêmica que tomou proporções de guerra. Naquela época, com pouco mais de 700 mil habitantes, a cidade do Rio de Janeiro entrou em polvorosa com a Lei da Vacina Obrigatória, em novembro de 1904. A medida apresentada por Oswaldo Cruz tinha o objetivo de combater pestes que pipocavam em esquinas da capital. Porém, a população não gostou muito da ideia – assim como boa parte da imprensa. Cada jornal tinha o seu objetivo, alguns deles políticos, em posicionar-se contra a vacina.

Jornalistas enfrentam censura nas ruas e vão parar no DOPS

Já no início da década de 60, antes mesmo do golpe, a vigilância sobre as redações cariocas começava a pesar.

Jornalões contra a construção da Nova Capital

De Marmelândia a Kubitschekolândia. De símbolo da humilhação a local de degradação. A criatividade dos editorialistas cariocas durante a construção de Brasília foi longe.

Pif Paf: nem sagrados profanos. Apenas misses presidenciáveis

Após ter sido demitido da revista O Cruzeiro, em 1963, Millôr Fernandes resolveu dar continuidade à coluna que escrevia na publicação de Chateaubriand. Assim, batizou também de Pif Paf o primeiro veículo de comunicação da imprensa carioca na resistência à ditadura militar. Fundado dois meses após o golpe, em maio de 64, o Pif Paf trazia em seu primeiro editorial a definição de que “não temos prós nem contras, nem sagrados profanos”.

Todo o JB no Google

O Jornal do Brasil circulou pela última vez, em sua versão impressa, no dia 31 de agosto de 2010. Triste notícia, tendo em vista a importância histórica do veículo. Nesse contexto, é pelo menos um consolo saber que valiosa coleção de páginas do JB está sendo digitalizada pelo Google e já pode ser consultada (http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC). São várias edições inteiras já digitalizadas.

Mais sobre acervos digitais

As coisas têm melhorado para os pesquisadores sobre a história da imprensa brasileira, que durante anos penaram com coleções de jornais e revistas em más condições de preservação, indisponíveis à consulta ou apenas acessíveis em sofríveis máquinas de microfilmes! Nos últimos anos, várias iniciativas resultaram na digitalização e disponibilização on line de importantes acervos. É o caso da Veja Digital (http://veja.abril.com.br/acervodigital), com todas as edições digitalizadas na íntegra, desde a criação da revista em 1968 até hoje.

História Cultural da Imprensa

A professora Marialva Barbosa, da UFF, acaba de lançar pela Editora Mauad X o segundo volume de sua História Cultural da Imprensa. O primeiro, publicado em 2007, trata das transformações sofridas pelo jornalismo brasileiro ao longo do século XX. O segundo volume retrocede e analisa a fase inicial de nossa imprensa no século XIX. Ótimas leituras, para estudantes, pesquisadores, professores, profissionais e curiosos.

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